Para todo mundo que quer emagrecer, uma recomendação é unânime: “feche a boca que você emagrece!”
Será mesmo?
Será que apenas restringir o consumo de calorias leva a um emagrecimento que se sustente por muito tempo?
Quantas pessoas você conhece que tentaram essa estratégia e se frustraram?
Nosso organismo apresenta uma tendência natural a acumular energia, que é obtida pelo alimento. Quando limitamos a oferta de alimento, isso pode até proporcionar o consumo de nossas reservas energéticas (gordura) por algum tempo, e com isso, se emagrece.
Mas depois, como um mecanismo de defesa, nosso corpo consegue se adaptar a essa escassez e passa a acumular o máximo de energia possível. Nesse momento, a perda de peso se estabiliza e se deflagram fenômenos fisiológicos que fazem com haja o retorno do peso perdido. E até mais.
É por isso que técnicas bariátricas do passado, baseadas no uso de anéis e bandas, foram marcadas por falhas. A restrição forçada à ingestão alimentar tem grandes chances de insucesso.
As técnicas bariátricas modernas não envolvem esse tipo de mecanismo, mas promovem mudanças em processos hormonais que modificam nossos centros cerebrais de apetite e saciedade. Isso leva a uma redução do consumo de calorias por meio de uma readaptação orgânica. E não por forçar o paciente a comer menos.
Mas, mesmo assim, para um resultado pleno, nosso paciente bariátrico ainda precisa, além desse consumo calórico reduzido, se manter num regime de gasto de energia, de queima de calorias, por meio das atividades físicas regulares.
A combinação dos dois mecanismos vai aumentar muito as chances de um bom resultado. E que vai durar por muito tempo.