“Vamos esperar esse câncer ficar num estágio um pouco mais avançado para podermos tratá-lo.”
Qual seria a sua reação se essa fosse a proposta de tratamento para você ou alguém da sua família?
Agora troque a doença. Câncer por obesidade.
“Aí não. André não precisa de um tratamento tão agressivo. Ele pode emagrecer de outras formas.”
Sendo que André já faz o acompanhamento dele há vários anos. Com vários profissionais: nutricionista, endocrinologista, nutrólogo, educador físico, acupunturista e por aí vai. Ele até consegue ter bons resultados. Mas o problema é a grande dificuldade em manter o emagrecimento. E, quando o peso sobe, sempre volta para um patamar superior ao que estava anteriormente.
E André sabe: quanto mais tempo permanecer na condição de obesidade, maior será a chance de ela piorar e de problemas associados a ela aparecerem: diabetes, infarto, acidente vascular cerebral, doença renal crônica…
Chega uma hora em que a necessidade da cirurgia bariátrica chega. Mesmo que, os olhos “do povo”, a obesidade seja menos grave e mesmo que André seja “novo de demais”, o benefício do tratamento cirúrgico existe.
E indicar a cirurgia para um caso desses não é banalizar o procedimento. É propor a terapia mais efetiva possível o mais precocemente possível de forma PREVENIR que as coisas se agravem.
Considerando o grau de segurança que as operações atingiram e eficiência com que têm ajudado a controlar a obesidade, nós temos a OBRIGAÇÃO de oferecer esse tratamento a quem tem o perfil de André.
Propor a cirurgia bariátrica em pessoas com obesidade menos grave é ABORTAR A PROGRESSÃO DA DOENÇA. Da mesma forma que o ideal é você tratar um câncer em suas fases iniciais…