“Quantos quilos eu preciso ter para poder me submeter à bariátrica?”
Recebo esse tipo de questionamento com muita frequência. Praticamente toda semana alguém manda na nossa caixinha ou por direct…
Mas…
E se eu dissesse que o peso não é tão importante para se definir o benefício da bariátrica?
É exatamente essa a realidade atual.
Ao constatarmos a eficácia superior de terapias que envolvem a bariátrica associada à grande segurança com que os procedimentos podem ser realizados, é possível concluir que a cirurgia pode beneficiar QUALQUER PESSOA portadora de obesidade. Dos pacientes com obesidade grau leve até aqueles em situações extremas.
A pergunta a ser feita não é mais sobre o peso, mas se é o momento mais adequado para que a cirurgia possa ser oferecida.
Para que essa pergunta possa ser respondida, um análise profunda de cada caso deve ser feita, levando-se em consideração as comorbidades associadas à obesidade, o estado metabólico do paciente, a história familiar, bem como a que tratamentos anteriores o paciente se submeteu e como foi a resposta essas terapias.
Somente depois disso podemos dizer se aquela pessoa se beneficia, naquele momento, da operação.
Certo. Mas e as “regras” baseadas em IMC? Elas não valem mais?
É claro que valem. E devem ser consideradas como um norteamento para a indicação. O que eu estou dizendo é que podemos utilizar a análise de outros fatores para se chegar a essa conclusão. Afinal, muita gente que se beneficia da cirurgia não vai ser operada se certos “critérios ultra-formais” forem seguidos.
Se esse post parecer polêmico para você, saiba que os americanos já expandiram as indicação para o tratamento cirúrgico da obesidade. Lá, pessoas com obesidade de grau I e algumas características específicas já estão sendo operadas.
Estamos atrasados…