Quem tem depressão pode se submeter à bariátrica?

A partir da resolução de número 2.131/15, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ampliou significativamente as condições associadas à obesidade que reforçam a necessidade do tratamento cirúrgico.

Ao reconhecer o impacto que a obesidade causa na saúde mental e nas relações sociais, o CFM passou a incluir a DEPRESSÃO e a ESTIGMATIZAÇÃO SOCIAL entre as condições relevantes para definir a indicação da cirurgia bariátrica.

Pessoas que se sentem prejudicadas no trabalho e nas relações sociais, e que sofrem de baixa autoestima decorrente da obesidade, por exemplo, considerando que esses fatores influenciam negativamente na saúde mental, podem se beneficiar de um tratamento mais efetivo, mediante operações para a perda de peso.

Da mesma forma, há evidências de que os pacientes com quadros depressivos melhoram, substancialmente, após os procedimentos que os levam a perder peso.

São múltiplos os fatores que contribuem positivamente para o pós-operatório, e não há dúvidas de que a redução marcante dos estigmas sociais está entre eles, associado à maior disposição para atividades físicas e do dia a dia.

Importante ressaltar que o tratamento dessa população exige um preparo pré-operatório minucioso, a ser realizado com profissionais que cuidam da saúde mental (psicologia e psiquiatria), sendo necessário que haja compensação e estabilização do quadro para um tratamento cirúrgico bem-sucedido.

Da mesma forma, deve ser mantido o acompanhamento psicológico com o profissional especializado no paciente bariátrico, assim como a assistência psiquiátrica durante o pós-operatório.

Lembrando que se trata de um problema crônico, que exige vigilância constante. Só com todo esse cuidado, é possível alcançar um bom resultado após a cirurgia. E mantê-lo em longo prazo.

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