Após a bariátrica, alterações na circulação dos hormônios femininos podem ocorrer e isso levar, pelo menos por algum tempo, a desregulações no ciclo menstrual.
Essas mudanças são caracterizadas por aumento do fluxo menstrual ou da duração do período menstrual.
Isso coloca a nossa paciente em risco de perder uma parte da reserva de ferro. O sangue é rico nesse mineral, sangue esse que é perdido em uma quantidade maior nesses ciclos desregulados.
Aí, a chance de anemia por deficiência de ferro se torna uma realidade.
Esse fenômeno pode explicar porque mulheres que apresentam redução nos níveis de ferro no organismo têm dificuldade em normalizá-los mesmo com suplementação específica adequada.
É como você tentar encher um recipiente que contém um vazamento. Ele não vai ficar cheio…
Por isso, nas consultas de retorno após a cirurgia SEMPRE questiono minhas pacientes sobre o ciclo menstrual. E recomendo fortemente que procurem acompanhamento de suas ginecologistas para, caso haja alterações, que sejam iniciadas medidas para interromper essa menstruação desregulada.
O uso do DIU impregnado com hormônio, implantes hormonais (não é “chip da beleza”, que fique claro), adesivo e as injeções de depósito são excelentes opções e muito bem toleradas pelas pacientes.
Se você está sendo acompanhada pela sua equipe e apresenta as reservas de ferro persistentemente baixas, vale a pena fazer essa avaliação.
Pode ser esse o problema…